sexta-feira, 6 de abril de 2012

BÁTIMA DE ANRDÉ VALENTE | A EXCEÇÃO DA REGRA

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter


TÍTULO: BÁTIMA
PUBLICAÇÃO: 2011
CATEGORIA: REVISTA PERIÓDICA
EDIÇÃO: 1
CAPA, TEXTO E ILUSTRAÇÃO: ANDRÉ VALENTE
ORIGEM: BRASIL
EDITORA: INDEPENDENTE
GÊNERO: FANZINE
PÁGINAS: 16
FORMATO: 10,5 X 15 CM
PRODUTO: PRETO E BRANCO / LOMBADA COM GRAMPOS

Desde quando a falta de tempo me impediu de ler as enormes e volumosas hqs que curto, e decidi me aventurar pelas curtas leituras, poucas páginas, idéias simples (confira aqui os detalhes desta mudança radical), automaticamente já adaptei minha mente para aceitar um novo conceito de apreciação, que nunca me cativou. Me preparei para aceitar o humor raso ao invés do drama profundo, o cartum no lugar do realismo, o cômico pelo sério. Pois, convenhamos: é querer demais achar histórias densas e filosóficas, que nos fazem refletir, numa leitura de apenas 10 ou 15 minutos. Tarefa praticamente impossível. O máximo que dá para encontrar são histórias bem humoradas, ou alguma seleção de tiras divertidas, algo assim. Pois é... Bátima, de André Valente, se encaixa exatamente neste "praticamente impossivel", sendo a exceção da regra.


De humor não há nada. Numa leitura com menos de 5 minutos, a história te rapta para uma realidade muito mais dramática que talvez seja a tua própria vida. Roteiro realista, idéia criativa, boa ilustração. E sim, te faz refletir. Pois o personagem é tão denso que, no mínimo, o leitor tenta imaginar como é a vida do personagem antes e/ou depois da história relatada.

O que mais me chamou atenção, é que apesar das conclusões óbvias que o artista o leva a deduzir, existe uma questão que, pelo menos para mim, não ficou tão óbvia assim, e supus que fica por conta do leitor decidir: Por que o personagem se veste de Batman??? Numa história tão realista, este foi o único fato que ficou meio surreal (apesar de existirem uns doidos na vida real que se fantasiam diariamente, não é o caso do personagem).


Minha conclusão: Ironia. Nada mais irônico do que um herói (diga-se, o herói mais admirado do universo), aquele que normalmente tem a solução, o poder, a auto suficiência, vivendo da forma que este personagem vive.

Não sei se deduzi corretamente, não sei se era essa a intenção do autor, mas não importa muito. Curti minha própria conclusão. Mas é certo que, desde que me aventurei pelas curtas leituras, esta foi a melhor que encontrei, até agora...

Edição Original
Edição Especial

 Compre (está barato), leia, e tire suas próprias conclusões.

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