segunda-feira, 16 de abril de 2012

MILLÔR FERNANDES (1924-2012)

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter


O carioca Milton Viola Fernandes, mais conhecido como Millôr Fernandes, foi um desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, tradutor e jornalista brasileiro. Começou a trabalhar ainda jovem na redação da revista O Cruzeiro, iniciando precocemente uma trajetória pela imprensa brasileira que deixaria sua marca nos principais veículos de comunicação do país. Em seus mais de 70 anos de carreira produziu prolífica e diversificadamente, estendendo sua criatividade ao jornalismo, literatura, artes, teatro, cinema e até ao esporte. Em seus trabalhos costumava valer-se do humor para criticar o poder e as forças dominantes, sendo em consequência confrontado constantemente pela censura. Dono de um estilo singular, era visto como figura desbravadora no panorama cultural brasileiro: no teatro, por exemplo, empreendeu uma revolução no campo da tradução de peças, tanta era diversidade e a personalidade que impunha aos trabalhos – características que se manifestavam também em suas incursões como autor, artista plástico, jornalista e pensador. Com a saúde fragilizada após sofrer um acidente vascular cerebral no começo de 2011, morreu em março de 2012, aos 88 anos.

Com seu falecimento, diversos artistas se reuniram para homenagea-lo em mais uma Flashexpo organizada pelo Jal, denominada AO MILLÔR COM HUMOR. Cartuns, caricaturas e ilustrações em geral foram produzidas, algumas adaptando o estilo colorido do artista, outras fazendo referência a famosa tipografia em blocos de Millôr, algumas ilustrando suas famosas frases, e a criatividade fluiu entre outras diversas idéias.

Admirador de muitas frases do Millôr, ilustrei duas delas, adaptando algumas características do artista, como a criatividade, as muitas cores, tipografia em bloco, e o bom humor. A primeira idéia que tive foi adaptar a frase "Viver é desenhar sem borracha". Pensei em algo mais elaborado, com a imagem de uma bela paisagem ilustrando a palavra "Viver" e as outras palavras de forma mais desenhada do que escrita.


Entre alguns processos mais demorados desta primeira arte, tive outra idéia mais simples para frase "A vida começa quando a gente compreende que ela não dura muito", e decidi ilustra-la também. Pois, no final das contas, embora não tenha conhecido Millôr pessoalmente, acredito que ele tenha vivido intensamente, avaliando pelos diversos ramos em que ele nos compartilhou seus pensamentos e sua arte, e esta é uma grande mensagem para deixar.


No dia 14 de abril fui visitar esta exposição no Shopping Plaza Sul, em São Paulo, e realmente ficou muito legal. Muitos artistas realmente se empenharam em produzir seu melhor, e a exposição tem muita qualidade e diversidade. Os artistas participantes foram Alan Souto Maior, Amarildo, Amorim, Caó Cruz Alves, Carvall, Cassio Manga, Daniel Paione, Danilo Marques, Diemer, Diogo Salles, Eder Santos, Elihu, Fernandes, Fernando Reis, Glen Batoca, Guilherme Bandeira, Guto Respi, Iéio, J.Bosco, Jorge Inácio, Junião, Junior Lopes, Luccas Longo, Marcello Souza Filho, Marco Souza, Mônica Fuchshuber, Paulo Branco, Paulo Emmanuel, Rodrigo de Pieri, Rubens Junior, Seri, Silvano Mello, Thiago Bertoni, Thiago Lobo, Toni D’Agostinho, Waldez, Walter Martins, William. Valeu a pena dar uma passadinha por lá.



Uma pequena exposição, mas uma bela homenagem a um dos grandes artistas brasileiros, que será sempre lembrado.

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