SUPER-HOMEM | PAZ NA TERRA

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter

TÍTULO: SUPERMAN | PAZ NA TERRA

PUBLICAÇÃO: 1999

EDIÇÃO: ÚNICA

CAPA: ALEX ROSS

ROTEIRO: PAUL DINI

ARGUMENTO: PAUL DINI E ALEX ROSS

ILUSTRAÇÃO: ALEX ROSS

ORIGEM: EUA

LICENCIADOR: DC COMICS

EDITORA: ABRIL

CATEGORIA: ÁLBUM DE LUXO

GÊNERO: SUPER-HERÓIS

PÁGINAS: 68

FORMATO: 25,5 X 34 CM

PRODUTO: COLORIDO/LOMBADA QUADRADA

Uma das hq's mais procuradas por colecionadores e fãs de quadrinhos, sem sombra de dúvidas, esta é a melhor hq do Super-Homem de todos os tempos e, dificilmente, será batida por longos anos. Segue abaixo os motivos, em ordem de notoriedade:

• ALEX ROSS - A primeira coisa que vc nota numa hq é a capa. E não é nenhuma novidade que Alex Ross é muito ignorante na sua arte, trazendo um realismo absurdo em histórias que só existem na imaginação. Mas nesta capa ele se superou, pois deixou de lado aquele monte de imagens que os artistas curtem jogar na capa, cheia de luta, cheia de luzes, raios, cheia de informações visuais, e partiu para o objetivo: focou a face do Homem-de-Aço e sua expressão. É óbvio que Alex sabe que sua arte é boa o suficiente para se permitir ser tão minimalista na arte da capa. E, é claro, ele ilustra toda a revista. Ou seja, já valeria a pena comprar esta hq só bela beleza da arte, mesmo que não tivesse palavra nenhuma para ler. Alex é o cara.
• O FORMATO - depois da arte da capa, a segunda coisa que vc nota na revista é que ela é GRANDE PRA CARAMBA! YES!!! Sempre odiei o fato de que, primeiro, já é difícil artistas muito bons ilustrarem hq's e, quando o fazem, imprimem em formatos tão minúsculos que quase nem dá para notar os detalhes da arte. Já esta mede incíveis 25,5x34cm, para ninguém botar defeito. Este "detalhe" garante a baba do leitor durante toda a revista e valorizou artes notáveis em página dupla. No final das contas, se tratando de hq`s, tamanho é sim documento.
• PAUL DINI - Eu sempre amei ler qualquer coisa que é narrada em primeira pessoa. Dá um tom de realismo e intimidade impressionante. Realmente te faz viajar no que lê. Porém, isso é quando o argumento é muito bom pois, se não, se torna a pior leitura do mundo, quando vc tenta ler um personagem narrando a si mesmo, e o que ele diz não é interessante. Paul Dini acertou na mosca. Parece fácil, mas ele está narrando o homem mais poderoso do universo, e precisa narrar de uma forma que convença o leitor a acreditar que o que ele escreve é exatamente o que o Super-Homem estaria pensando. Ele matou a pau. Lendo a revista, parece mesmo que vc está lendo os pensamentos do herói.
• O ROTEIRO - O roteiro está por último, pois vc só o nota inteiramente depois que já viu a capa, as ilustrações e já leu todo o argumento. Mas, na verdade, o roteiro foi o que mais me impressionou. Eu nunca fui muito fã do Super-Homem, não pelo personagem que é, e sim, pelas histórias ruins e infantís demais que sempre o acompanharam em sua série mensal. Mas, no final da revista, ficou evidente que a prioridade de Paul e Alex neste projeto era, principalmente, a realidade. Transbordar realismo. Criar uma história convincente do Super-Homem. Ou seja, caso ele fosse real, caso realmente existisse um ser com tamanho poder, vindo de outro planeta para terra, e decidisse protegê-la e resolver seus principais problemas, no objetivo da humanidade viver em paz... como seria? O que ele faria? Como ele faria? Esta revista responde tudo isso.
• A SÉRIE - Poisé, como se não bastasse esta hq ser tão boa por si só, ela originou uma das melhores séries do mundo, mantendo os mesmos padrões de ilustração, roteiro e argumento, pelos mesmos 2 artistas, com outros dos maiores heróis da DC: após esta do Super-Homem - Paz na Terra, veio Batman - Guerra ao Crime, Shazam! - O Poder da Esperança, Mulher-Maravilha - O Espírito da Verdade, Liga da Justiça - Origens Secretas e, para finalizar a obra, Liga da Justiça - Liberdade e Justiça (é claro que eu tenho todas - YES! - e, aos poucos, vou postando aqui). Na minha opinião, a do Super ainda é a melhor, mas todas tem muito crédito. Esta hq já se tornou um clássico em sua estréia mas, com esta série, ela se tornou essencialmente obrigatória na prateleira de qualquer colecionador ou fã de hq de respeito.

É claro que, com tanta qualidade e nunca tendo sido republicada, é muito difícil achar esta revista e, achando-a, é muito difícil fazer o dono vendê-la e, conseguindo, é muito difícil ele vendê-la a preço barato (mesmo em condições ruins).

Infelismente, eu perdi a chance de comprá-la quando foi lançada no Brasil. Só havia visto a capa pela tv de relance, não vi nas bancas, ainda não sabia da importância dos trabalhos do Alex Ross, e acabei ignorando seu lançamento. Já, quando vi a do Batman na banca, naquele lugar especial na banca devido ao seu formato gigantesco, comprei na hora e, imediatamente, percebi que havia vacilado grande em ter ignorado a do Super. Comprei todas que saíram depois e ansiava pela republicação da primeira revista da coleção, que nunca saiu. Nesse tempo, tive 2 chances de conseguir a revista:

• A primeira vez que a vi ao vivo e a cores, foi em 2001 (+ou-) numa banca no shopping tatuapé, quase chorei de alegria, já fui pegando a carteira mas, quando abri, era em inglês. Aí fiquei naquela dúvida de matar e acabei não levando, pois queria a coleção toda em português.
• Na segunda chance em 2005 (+ou-), estava conversando sobre ela num sebo, quando o dono (que falava comigo) pediu licença para atender o fone. Era um doido, que havia comprado a revista a anos, mas não era colecionador nem nada.. só havia gostado da revista na época e, de repente, percebeu que era uma revista muito procurada e gostaria de vendê-la. O vendedor falou que eu estava na loja pronto para comprá-la e agendamos de nos encontrar no outro dia, no mesmo local, pelo valor de míseros R$30,00. Infelismente, meu trabalho como designer é mto imprevisível e, no dia seguinte choveeeeeu de serviço e de clientes na editora onde eu trabalhava e eu não consegui aparecer lá. Eu liguei para avisar que não poderia ir, mas compraria no outro dia, mas ele preferiu vender ao dono do sebo que a comprou e, no mesmo dia, já a revendeu por muito mais caro. Ódio.

No final, eu acabei conseguindo em 2011 pela net mesmo. Achei uma loja que a vendia e, por ser uma loja, confiei que estaria bem cuidada. Dei "sorte". Estava em muito boas condições e o vendedor a embalou muito bem para enviá-la pelo correio. Ah!.. É algo tão simplório, mas dá uma paz interior quando finalizamos algo.. rs

E é isso! Já que é meu primeiro post, num blog de quadrinhos, resolvi falar somente de uma das melhores referências em hq que tenho. Vou postar pouco, sem muita frequência, mas a qualidade é garantida.

Abraço!