domingo, 20 de março de 2011

LIGA DA JUSTIÇA | O REINO DO AMANHÃ

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter




TÍTULO: O REINO DO AMANHÃ (LIGA DA JUSTIÇA)
PUBLICAÇÃO: 2004
EDIÇÃO: ÚNICA
CAPA E ILUSTRAÇÃO: ALEX ROSS
ROTEIRO E ARGUMENTO: MARK WAID
ORIGEM: EUA
LICENCIADOR: DC COMICS
EDITORA: PANINI
CATEGORIA: EDIÇÃO ESPECIAL
GÊNERO: SUPER-HERÓIS
PÁGINAS: 224
FORMATO: 17 X 26 CM
PRODUTO: COLORIDO/LOMBADA QUADRADA

Como sempre, mais um trabalho primoroso de Alex Ross. Mas, desta vez, o destaque maior vai para o roteiro de Mark Waid. O cara conseguiu imaginar uma idéia muito original, e conseguiu relatar de forma muito realista.

O contexto da história se passa no futuro, onde os heróis que conhecemos já estão velhos ou mortos. Não por causa de uma bomba gama, ou por inimigos vitoriosos, pelo contrário. Os heróis da terra continuaram sendo vitoriosos em suas batalhas mas, com o tempo, foram envelhecendo e se aposentando e, o fardo e responsabilidade do heroísmo que sempre praticaram, foi ficando com seus filhos e netos. Porém, estes filhos e netos não possuem a mesma noção ética de heroísmo de seus pais, e conduzem um estilo de supervisão ao crime muito diferentes da geração anterior, fazendo da vida dos humanos não mais a prioridade de seus valores, mas praticamente, meros detalhes a mercê de seus poderes. Pense bem: se um filho de playboy já se acha por ser filho de rico, e se torna o cara mais folgado e insuportável da sociedade, imagine filhos de heróis, cheios de poderes. A mulecada cresceu se achando e quando cresceram dominaram o mundo. Loco, né?! Esta é a base da história desta revista. Embora esta seja a dedução mais realista para o futuro num mundo com heróis, nunca haviam feito histórias neste contexto óbvio. Sempre imaginaram futuros absurdos, cheio de catástrofes, pós guerra. No final das contas, esta idéia óbvia, porém original, causou mais tensão e aventura do que todas as outras histórias de futuro já relatadas (vamos dar um crédito também a "Dias de um futuro esquecido", dos X-Men).


Sempre quando lançam uma série especial, eu espero serem publicadas todas as edições, avalio todas e depois decido se compro. Principalmente porque, quando são boas, acabam relançando em edições especiais encadernadas, etc. Nisso, quando esta hq foi lançada, originalmente em 4 edições, acabou passando despercebida por mim. Mas, na época, eu trabalhava com um amigo, Samuel Félix, que também era fã de hq's, principalmente de Alex Ross. E ele ficou me falando durante anos sobre esta revista, dando destaque ao Suepr-Homem apresentado na história. Ele dizia que, no futuro (desta história) o Super-Homem era como um Embaixador da Paz, respeitado no mundo todo, era velho, cabelos grisalhos, o símbolo "S" de seu peito tinha fundo negro, em luto a amada Lois Lane já falecida, que a kriptonita não mais o afetava devido ao tempo que ele já estava exposto a radiação solar, se tornando totalmente invencível, entre outros detalhes que eu pirava só de ouvir. Mas a revista já havia sido esgotada das bancas, e eu nunca havia nem visto. Apenas ficava babando nesta visão futurista e realista do Super, esperando ancioso achar novamente esta minissérie completa para comprar.

Enfim, acabei comprando em um sebo em excelentes condições, e realmente, o Super-Homem apresentado é o melhor Super-Homem de todos os tempos. Velho, maduro e, não mais super herói, fazendeiro. A imagem do Super sem camisa, apenas de macacão jeans e botas, com cabelos brancos e longos, cuidando da fazenda herdada por seus pais (Kent`s) com seus poderes, sem precisar escondê-los, já passou a sensação de paz que Clark Kent sempre buscou em sua vida, e que eu, como fã, sempre torci para que ele encontrasse. Só estes poucos quadrinhos que mostram essa fase do herói, pra mim, já valeu toda a série. Eu mesmo faria uma revista inteira só com este contexto: Super-Homem, velho, sem disfarces, na fazenda. O sonho realizado. Venderia igual água.

Embora pareça que eu contei tudo sobre a revista, eu não contei nada mais que já é mencionado nas primeiras páginas. Vc ainda não tem idéia do roteiro, muito menos do final. Vale muito a pena a leitura. Embora eu ainda não considere entre os melhores roteiros que já li, com certeza, está entre as idéias mais originais já produzidas para os heróis de sempre, e no hall das hq's que não podem faltar na sua coleção.

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