Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter
No Risadaria, o maior evento de humor da América Latina, realizado na Bienal do parque do Ibirapuera do dia 22 a 25 de março de 2012, o trabalho de vários artistas brasileiros foi exposto na Flashexpo Humor Olímpico. Desta vez, o tema da exposição foi as Olimpíadas de Londres, realizada ainda este ano.
Desta vez, aproveitei o tema da Flashexpo para homenagear os grandes atletas brasileiros. Sempre pratiquei esportes, sempre acompanho os campeonatos, e sempre me impressiona o quanto os atletas brasileiros conseguem alcançar o mais alto nível físico, a ponto de competir (e muitas vezes vencer) sem ter o mesmo incentivo e investimento que alguns atletas internacionais, como americanos, russos, chineses, etc. Como exemplo, até o surgimento da NBB (Novo Basquete Brasil), o basquete brasileiro estava abandonado, patrocinadores abandonando os campeonatos na metade, e muitos atletas desistindo da profissão, migrando para outros empregos e bicos. Isso ocorre em muitos outros esportes nacionais, na maioria das nossas cidades. Apesar de existirem grandes clubes de treinamento profissional, a demanda de atletas é imensa, e a maioria esmagadora não tem condições nem de pagar a mensalidade do clube. Cansei de ver excelentes atletas treinando de chinelo de dedo, descalços, sem equipamento, ou com equipamento danificado...
A maior prova da desvalorização do esporte no Brasil é que a Educação Física nunca foi uma matéria exigente no colégio como as outras. Sempre foi meio largada, faz quem quer, não repete de ano por não aprender, já que nem os professores ensinam algo. Na maioria das aulas, os professores de Educação Física apenas distribuem as bolas de futebol e vôlei e deixam a garotada se divertir aleatoreamente. Pra mim isso sempre foi uma grande tristeza, pois esporte é muito mais que um hobby. Esporte não só gera o preparo físico básico para o ser humano suportar a rotina da vida de forma saudável, como também desenvolve virtudes psicológicas e qualidades no caráter de quem pratica: trabalhar em grupo, compreender as limitações do outro, valorizar o próximo, respeitar autoridades, ter força de vontade, não desistir com as dificuldades, entre muitas outras. E, se prestar atenção, estas são as virtudes e qualidades raras hoje em dia.
Compareci no Risadaria para conferir esta exposição e os outros atrativos do evento. Realmente havia muita coisa engraçada para gargalhar mesmo. Toda mídia que trabalha com humor estava presente, desde humoristas da tv, do palco, da web, dos cartuns, de todo lugar. Pude encontrar alguns amigos no local e me diverti bastante.
Rubens Junior, Guilherme Bandeira e Cléucio Chirico. |
Rubens Junior, Laudo Ferreira, Guilherme Bandeira e Cléucio Chrico. |
Laudo Ferreira, Omar Viñole, Rubens Junior e Jal (organizador da Flashexpo). |
Eu e Serginho Groisman, apresentador e padrinho oficial do Troféu HQMIX |
Acabei encontrando lá o Guilherme Bandeira e o Cléucio Chirico, amigos artistas que também participaram da exposição. Rimos bastante com os stand ups e acabamos concedendo uma entrevista para Edionatan Azeredo (Portal R7), sobre a Flashexpo.
Outra parte muito interessante do evento foi o painel gigante apresentando diversos fanzines brasileiros, chamado TERRA DE FANZINES. Fanzines, uma arte a muito tempo deixada de canto, principalmente com o avanço da internet, mas que ainda tem muito seus méritos. Mais do que merecida, a maravilhosa tira do Laerte era a primeira apresentada no painel que, sem explicar, capta toda a essência do que é um fanzine. Era impossível passar pela rampa para o segundo andar do pavilhão sem babar nas artes do grande painel. Todos queriam tirar fotos por ali.
Havia um espaço especial para os visitantes deixarem seus recados chamado HA-HA-HALL DA FAMA. Um nome muito criativo, assim como as ilustrações e mensagens deixadas ali. Compareci no evento um dia após alguns cartunistas deixarem suas ilustrações. Todos fizeram ilustrações bem pequenas, ocupando o mínimo de espaço do paredão, menos o Gilmar. Ele ilustrou seu personagem característico em tamanho gigante, e obviamente, foi o que mais me chamou atenção. Então resolvi interagir um pouco com a ilustra dele, ao invés de fazer um desenho independente, como todos estavam fazendo. Até que ficou legal.
Enquanto rolavam os dias do evento, houve o falecimento do querido Chico Anysio, o ícone do humor nacional. Tanto é um ícone, que ele foi homenageado na primeira edição deste evento, em 2010. Mas, com a notícia da sua morte, improvisaram um espaço no evento para os fãs deixarem suas homenagens, e um telão foi posto ao lado, onde passavam homenagens ilustradas da Flashexpo improvisada ao Chico Anysio, com vários artistas brasileiros que bateram o record de tempo, ilustrando da sexta a noite e expondo sábado pela manhã. Como fã, também deixei minas honras a este grande artista.
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