sábado, 24 de junho de 2017

AGENTES DA SHIELD | CRÍTICA

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter



TEM SPOILERS (só uns dois, mas tem)

Estes dias finalizei todas as temporadas de Agentes da Shild, e foi uma experiência muito boa! Há algumas séries, ou filmes, ou livros, que a gente nem curte tanto, mas continua até o fim só pra dizer que não desistiu, que não ficou incompleto, que aguentou até o fim. Não foi o caso. Agentes da Shild reamlente cumpre bem seu propósito, apresentando detalhes internos da Shild, seu funcionamento e importância no universo cinematográfico da Marvel (importância no cinema bem maior do que nas hqs), e faz isso com ótima dinâmica, bons atores, roteiro que realmente amarra bem os filmes, além de garantir sua identidade e tramas próprias. Ótimo entretenimento.



1º TEMPORADA

Começou bem. Montaram uma equipe completa: tem o líder confiável (Phill Coulson), os agentes ninjas (um homem e uma mulher, Ward e May), os nerds alívio cômico (um casal também, Fitz e Jemma), e uma novata (Sky que, pra mim, é a mais chata) que serve de fio condutor para o público. Apesar desta fórmula básica ser óbvia, funcionou. Pois os atores foram muito bem escolhidos, nota-se o compromentimento com o personagem, cada episódio é muito bem feito, as tramas são extremamente inteligentes e bem montadas, percebe-se o quanto foram projetados com antecedência, com ações, frases e até palavras que vão fazendo sentido dezenas de episódios depois... além de ser muito bacana ter uma série que amarra e preenche o espaço entre os filmes da Marvel. 


2º TEMPORADA

Ela se passa após Capitão América 2 e, este filme, termina com a destruição da Shild. Obviamente isso mudou completamente a série. Toda a estrutura funcional da primeira temporada literalmente desapareceu. Agora não há mais equipe, novos agentes aparecendo, espiões por todo lado, infiltrados, inimigos internos se revelando... tudo que era seguro, tudo que você havia se apegado na primeira temporada agora é duvidoso. Eu, particularmente, fiquei meio tenso nos primeiros episódios, esperando que tudo se resolvesse logo para que a equipe original que me ganhou voltasse a ser protagonista da série. Sqn. Foi um choque realista para mim, como se: "Filho, já era. O que era certo agora é caos. Adapte-se. Não há volta." Demorou pra cair a ficha. Mas, de certa forma, foi ótimo, pois eu tentando me achar na série era exatamente o mesmo sentimento dos personagens, tentando se acharem, entenderem se adaptarem à nova realidade da Shild.


3º TEMPORADA

A Shild mais organizada, novos personagens já adaptados à equipe, a coisa foi para um caminho mais sobrenatural: visita à outros planetas, agentes com superpoderes, inumanos (mutantes) aparecendo de todos os cantos... O fato burocrático influenciou novamente: como o termo "mutante" não pode ser usado no cinema pela Marvel pois foi comprado pela Fox (que produz os filmes dos X-Men), a Marvel teve que inventar outra forma de explicar o surgimento de pessoas com superpoderes na Terra, além de dar outro nome. Em resumo, foram alienígenas fazendo experimentos com humanos antepassados que gerou pessoas superpoderosas, são chamadas inumanos, e esta temporada se baseia nisso. Foi bacana pois, após diversos filmes e séries, finalmente a Marvel deu um jeito de inserir pessoas com superpoderes no cinema sem ter que ficar toda hora explicando suas origens. Há pessoas com poderes e ponto, assim como nas hqs.


CHOREI EM DOIS EPISÓDIOS

Sim, estou amolecendo com a idade, ficando mais sensível. Bem melhor do que ficar mais ranzinza, kkkkk. Claro que, como em todos os filmes da Marvel, apesar de fazerem das "piadinhas fora de hora" uma característica geral dos personagens, sempre há aquele momento mais emotivo, perto do clímax dos filmes, como a "quase morte" de Gamorra em Guardiões da Galáxia, Steve se entregando na luta contra Bucky no final de Capitão América 2, a "morte" de Phill Coulson em Os Vingadores, etc. Porém, os filmes tem apenas umas 2h de duração. Com tantas aventuras e piadinhas, as vezes nem dá tempo de entrar no clima quando as cenas tristes aparecem. Já, na série, é diferente pois, você vai assistindo na sequência, se familiarizando aos personagens ao longo de vários episódios, vai se apegando aos seus preferidos que você acompanha por meses e, quando algo ruim acontece com eles, impacta muito mais do que nos filmes.


No meu caso, me apeguei muito ao Fitz e Jemma. Até me surpreendeu pois, no começo da série, ficou claro que eles seriam os nerds "alívio cômico" da série. Porém, as ótimas atuações de amobos, a relevância deles em todas as ações da equipe, a fidelidade de ambos entre si e com o trabalho na agência, me ganharam fácil. Logo, o 6º episódio da 1º temporada chamado F.Z.Z.T., o sacrifício de Jemma me pegou de jeito.


Depois, o episódio 13 da 3º temporada me fez passar mal. Chamado Despedida, ele leva consigo Bobby e Hunter, dois personagens que apareceram na 2º temporada, Hunter virou meu preferido disparado pela sua personalidade irônica e hilária, soluções imprevisíveis... ambos formaram o casal disfuncional que funcionou muito bem na série. A despedida deles foi extremamente triste, principalmente vista pelos olhos de Mack, o melhor amigo do casal. Deu vontade de sair da cama e entrar na tela da tv para abraçá-los. Sério!


E é isso! Marvel continua arrebentando nas telas, amarrando bem os filmes, e esta série ganhou merecidamente espaço neste universo. Ansioso pelas próximas temporadas!

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