Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter
TÍTULO: AS AVENTURAS DO CAPITÃO AMÉRICA | SENTINELA DA LIBERDADE
PUBLICAÇÃO: 1992
EDIÇÃO: 1 A 4
CAPA E ILUSTRAÇÕES: JOSEF RUBINSTEIN
ROTEIRO E ARGUMENTOS: FABIAN NICIEZA E KEVIN MAGUIRE
ORIGEM: EUA
EDITORA: ABRIL
CATEGORIA: MINISSÉRIE
GÊNERO: SUPER-HERÓIS
FORMATO: 17 X 26 CM
PRODUTO: COLORIDO/LOMBADA COM GRAMPOS
Capitão América, como a maioria dos heróis clássicos da Marvel criados na famosa Era de Ouro dos quadrinhos nos EUA, são visualmente (e, alguns, até moralmente) diferentes do que conhecemos hoje. Isso é comum já que, como tudo vai evoluindo, os personagens também vão tendo seu look adaptado para atualidade, para que novas gerações de fãs tenham alguma conexão com personagens antigos. Muitas vezes, as mudanças são bem mais audaciosas e inovam mais que o visual, envolvendo também algumas alterações na personalidade dos personagens, na história de suas origens, entre outras.
Eu não tenho nada contra inovações. Pelo contrário, como designer e publlicitário, sou completamente a favor de toda renovação possível. Mas, no mundo dos quadrinhos, existe uma questão importantíssima a ser considerada: a fidelidade com os primeiros fãs.
- Existem algumas características em alguns personagens que, embora sejam bregas e antiquadas, fazem parte da essência do personagem, que fãs antigos jamais irão perdoar caso sejam alteradas.
- Quando há alguma renovação, fica sempre aquela dúvida: vamos ignorar tudo que já lemos, ou haverá uma explicação nas próprias histórias sobre a mudança???
Iniciei o post comentando isso, pois esta minissérie do Capitão América é um exemplo perfeito sobre isso: O Capitão América tem as características mais bregas possíveis que um personagem poderia ter. Ele veste, não simplesmente as cores da bandeira americana, mas seu uniforme é a bandeira americana. Como se já não bastasse, como se já não fosse suficiente uma roupa deste nype, ele tem um A pregado na testa, para não deixar dúvidas sobre sua fidelidade aos States e, claro, à sua breguisse.
Ao longo dos anos, alguns ilustradores tentaram renovar algumas características visuais deste herói, como por exemplo, tirando o A da cabeça dele (que já era de grande efeito). Mas nenhuma das alterações conseguiram passar no crivo dos fãs e sempre voltavam basicamente a idéia original. Com excessão do seu ESCUDO, que começou sendo ilustrado como um "retângulo", até se tornar redondo. O escudo foi uma alteração que agradou a todos pois não foi só estética. O fato de ser redondo possibilitou uma imaginação mais fértil fazendo com que o Capitão o usasse também como "bumerangue", e não só como uma arma de defesa, tornando o herói muito mais agressivo e dinâmico com sua arma.
Esta minissérie que postei também é um exemplo das histórias que não só fazem a alteração, mas conseguem unir as alterações ao contexto e realidade do personagem. Eles recontam os primórdios do Capitão América, desde sua fase franzina como Steve Rogers, a experiência que o tornou um super-humano, suas parcerias, seus amores, sua rivalidade com o Caveira Vermelha e finaliza com a evolução de seu uniforme, como conhecemos hoje. A revista não é das melhores, no conceito da história e da ilustração, mas é um bom exemplo de um trabalho feito para manter um link entre antigos e novos fãs que, não só funcionou, como grande parte do filme do Capitão América que estréa no final deste mês (29/07/2011), tem grande parte do roteiro similar a esta história.
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