terça-feira, 22 de março de 2011

SUPER-HOMEM | AS QUATRO ESTAÇÕES

Autor: Rubens Junior | Facebook | Twitter


TÍTULO: SUPERMAN | AS QUATRO ESTAÇÕES
PUBLICAÇÃO: 2006
EDIÇÃO: ÚNICA
CAPA E ILUSTRAÇÃO: TIM SALE
ROTEIRO E ARGUMENTO: JEPH LOEB
ORIGEM: EUA
LICENCIADOR: DC COMICS
EDITORA: PANINI
CATEGORIA: EDIÇÃO ESPECIAL
GÊNERO: SÚPER-HERÓIS
PÁGINAS: 212
FORMATO: 17 X 26 CM
PRODUTO: COLORIDO/LOMBADA QUADRADA

Eu amo esta parceria: Jeph Loeb e Tim Sale. Eles são responsáveis pelos maravilhosos trabalhos Demolidor Amarelo, Hulk Cinza, Homem-Aranha Azul, Mulher-Gato Cidade Eterna, entre outros. É claro que fiquei louco para ler esta revista. Seria mais um épico maravilhoso desta parceria artística. Porém, infelismente, neste projeto do Super-Homem, o roteiro de Jeph Loeb deixou muito a desejar.


  • ROTEIRO - Deu para captar a idéia. Ao contrário das histórias rotineiras do Super, que são recheadas de pancadaria, palavras rudes, destruições em massa, o intúito do roteirista neste projeto era deixar a história mais poética, emotiva, com um ar suave. Tudo se passa no final do ano letivo de Clark Kent, e sua estréia em metrópolis. Toda trama envolve os aspectos de um jovem se tornando adulto, e as mudanças que ocorrem em seu estilo de vida, suas paixões, seu novo emprego, suas antigas amizades, etc. A idéia é muito boa. Matou a pau. Mas, no aspecto da interatividade com o leitor, não funcionou muito, devido a algumas falhas big's de continuidade de raciocínio. Durante a história, vc vai acompanhando a linha de pensamento e, de repente, muda todo o contexto e vc não sabe exatamente a conclusão do raciocínio. Outra coisa que ficou estranho foi que, durante a argumentação, existe um narrador oculto. A leitura vai alternando entre o que este narrador vai dizendo, e o que os personagens estão argumentando. Mas, muitas vezes, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Este é um estilo legal de leitura mas, desta vez, a execução deixou a desejar. No final das contas, a leitura não é de toda ruim. Mas não gerou o impacto necessário para este tipo de projeto se destacar no currículo do personagem.
  • ILUSTRAÇÃO - Ao contrário do roteirista, o ilustrador matou a pau. Tim Sale estava mais que inspirado quando pegou no lápis, e criou uma identidade visual totalmente única para este projeto. Deste o Super-Homem até as paisagens e objetos. Usou traços mais limpos, poucos quadrinhos, o que deixou bastante espaço para ilustrações gigantes na página. O Super-Homem, particularmente, ele fez gigantesco. Cabeça, braços, tronco, tudo bem largo, o destacando totalmente dos outros personagens. Visualmente, o trabalho ficou impecável. Muito bonito, muito clean, um story board perfeito para um filme. Muito do crédito deste visual vai para o colorista Bjarne Hansen. Sem muitos exageiros e efeitos especiais, de forma sutil, ele destacou as imagens e manteve o estilo clean do traço do ilustrador. Ou seja, para ajudar, basta não atrapalhar.

Originalmente, esta história foi publicada pela Editora Abril (1999) e, depois, encadernada e republicada pela Editora Panini. Como o roteiro não é muito bom, mas a ilustração é linda, fica ao seu critério saber se vale ou não a compra. Eu comprei, pois compro tudo ilustrado por Tim Sale. E, apesar dos pesares, este roteiro retrata parte da juventude do Homem de Aço, o que torna este trabalho históricamente importante, independente das opiniões.

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